domingo, 11 de outubro de 2009

Poema Vagabundo

Sem som, sem rima, sem rumo
Esse poema mais que vagabundo
Sem nome, sem choro, nem vela
Um poema ruim que ninguém espera

Talvez mais vagabundo que ele seja o seu poeta
Que de tão vagabundo vive vagabundamente
A escrever um poema assim, tão vagabundo

Que não vem cantar amores,
Nem expõe dores...
Nem ao menos rir-se do que não tem graça
Ou talvez do que tenha
Fala apenas o que surge vagabundamente
O vagabundear das palavras

Nem ele sabe ao certo o que quer dizer
E se quer mesmo dizer alguma coisa
Posto que é um poema vagabundo
Sem som, sem rima, sem rumo.

Muito é pouco, saudade morena

Muito é pouco, muito pouco
pelo tanto que te quero
Pelo muito que espero
Em minhas mãos
Sentir seu corpo quente e moreno.

Saudade morena, morena cor
Pulsa em meu corpo
Corre em minhas veias
Refletindo em mim
O amor dessa saudade morena

Me faz sonhar, querer...
Seu corpo em mim, saudade morena...
Seu beijo em mim, saudade morena...
Você em fim, saudade morena...

Mal me queres, sempre te quis...

Mal me queres, sempre te quis...
Sempre fez parte do meu mundo
Nos meus desejos mais profundos
Você sempre esteve.
Mal me queres, sempre te quis...
Sussurro ao vento o meu amor
Que busca abraçá-lo.
Mal me queres, sempre te quis...
Amor que fere na alma
Com dor do sonho de tê-lo aqui
Dor de não sentir a volúpia dos seus beijos...
O desejo do seu corpo...
Toque das suas mãos...
Mal me queres, sempre te quis...
Sonho com o dia em que em fim direi
“Bem me queres” , continuo te querendo...